Muito comum nas Américas, África e Ásia, o pau a pique foi utilizado em todos os climas tropicais, subtropicais e temperados do planeta.
Provavelmente, o pau a pique é mais antigo do que as técnicas de taipa batida ou tijolos de adobe.
Não se sabe exatamente onde foi inventado, dizem que existe desde o período neolítico, há 10.000 anos.
Mas é fato que os romanos aprenderam este sistema construtivo na África e no Oriente Médio, expandindo para o restante da Europa na época do Império.
No Brasil, o pau a pique foi extensamente empregado nas construções do período colonial, por mais de 300 anos.
Existem divergências históricas, pois alguns pesquisadores alegam que os povos originários deste território já usavam a taipa de mão (pau a pique). Outros afirmam que esta técnica chegou junto com a colonização portuguesa.
Independentemente de quem inventou este saber tradicional, a taipa leve foi empregada durante milhares de anos, em várias regiões do mundo e permanece viva para contar a sua história.
Grande parte do Brasil colônia foi edificada primeiramente em pau a pique. Existem edificações centenárias em bom estado de conservação até os dias de hoje.
Somente durante o período industrial que as técnicas de construção com terra foram taxadas de subdenvolvimento e ficaram em segundo plano.
A arquitetura de terra reaparece no cenário principal na década de 70, por causa do movimento ambientalista. Desde então, as pesquisas cientificas vem comprovando os benefícios de utilizar a terra crua como elemento de construção, para a saúde do corpo, da mente e do meio ambiente.
Muito em breve, as construções em pau a pique serão normatizadas pela ABNT.
Aguardem.